O PCP vai requerer uma segunda audição do presidente executivo da PT à comissão parlamentar de inquérito, por considerar haver "várias contradições" entre as declarações de Zeinal Bava e as de Manuel Polanco, administrador da Prisa.
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O deputado João Oliveira disse à Agência Lusa que é necessário voltar a ouvir Zeinal Bava para esclarecer "várias contradições", sobre as datas em que o negócio terá começado e terminado.
Na audição de hoje, sexta-feira, Manuel Polanco [administrador-delegado da Media Capital] disse que falou pela primeira vez com Zeinal Bava sobre a possibilidade de negócio no dia 26 de Maio. No entanto, o presidente executivo da PT tinha dado como data 19 de Junho, sublinhou João Oliveira.
Para o deputado do PCP, outra questão essencial é esclarecer qual foi a data do fim das negociações.
Zeinal Bava e Henrique Granadeiro [presidente do conselho de administração da PT] garantiram na comissão de inquérito ter decidido no dia 25 de Junho de manhã que o negócio não iria concretizar-se. Hoje, Manuel Polanco referiu ter falado com Zeinal Bava sobre o negócio já depois de Rui Pedro Soares ter saído de Madrid - segundo João Oliveira, o ex-administrador da PT deixou Madrid às 10 horas de 25 de Junho.
O PSD e o Bloco de Esquerda disseram que não vão opor-se ao pedido do PCP.