O economista Rui Rio considerou, esta sexta-feira, "indiscutível" que a carga fiscal em Portugal é atualmente "insustentável, injusta" e "quase ultrapassou todos os limites", defendendo a necessidade de uma reforma do Estado "na área da gestão".
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"Temos de baixar a despesa, mas é a despesa real, não é só a despesa com salários e pensões. Há muita outa despesa do Estado que temos de fazer um esforço para reduzir", alertou o social-democrata, em declarações aos jornalistas no fim da conferência "As Empresas e o Imperativo da Competitividade", no Porto.
Para o ex-presidente da Câmara do Porto, uma "reforma do Estado na área da gestão tem de ir da despesa mais baixa à mais alta" porque, defendeu, "é o somatório de muitas despesas pequeninas, feito organismo a organismo", que permite "reduzir a carga fiscal".
O social-democrata alertou ainda para a necessidade de, "qualquer dia", Portugal ter de "renegociar a dívida" pública no caso de não ter um crescimento económico sustentável.
"Naturalmente que Portugal só poderá não falar de renegociar a dívida se tiver um crescimento económico sustentável. Se conseguirmos esse crescimento, teremos riqueza suficiente para fazer face à dívida acumulada", observou o economista, em declarações aos jornalistas no fim da conferência "As Empresas e o Imperativo da Competitividade".
Para o ex-presidente da Câmara do Porto, se o país "tiver um crescimento económico muito fraco, qualquer dia, naturalmente", terá de "renegociar a dívida".