O primeiro-ministro, José Sócrates, saudou hoje, sexta-feira, em Bruxelas, no final da cimeira de chefes de Estado e de Governo da União Europeia, o "sinal inequívoco" de defesa do euro dado por todas as instituições, desde a Comissão ao Banco Central Europeu.
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Reiterando a importância do acordo alcançado entre os líderes europeus quanto à alteração ao Tratado de Lisboa para dar segurança e certeza jurídica à criação de um mecanismo permanente para estabilização da Zona Euro, que entrará em vigor em 2013, José Sócrates sublinhou também o "facto de o BCE ter decidido aumentar o seu capital social", em cinco mil milhões de euros, para 10,6 mil milhões.
Para o primeiro-ministro português, trata-se de um "sinal inequívoco da determinação de todas as instituições" no que respeita à estabilização da zona euro, e da sua "firme determinação" de "fazer o que for necessário para defender a moeda única".
Medidas vão dar confiança aos mercados
José Sócrates disse ainda acreditar que os mercados acabarão por olhar, finalmente, "com objectividade" para a situação de Portugal, reiterando a convicção de que as medidas adoptadas pelo Governo, na passada quarta-feira, são as ajustadas.
O primeiro-ministro sublinhou que a confiança é um processo lento e progressivo mas as medidas - para o crescimento e emprego, bem como as que constam no orçamento de Estado para 2011 - "vão dando lentamente confiança aos mercados", no sentido de que Portugal "está a fazer aquilo que deve".
"Estou convencido que os mercados olharão para a situação portuguesa finalmente com objectividade", disse, sublinhando o facto de Portugal "fechar" 2010 com um défice de 7,2% do PIB, o que representa uma descida de 2% num ano (contra os 9,3% de 2009), e reduzir para 4,6% em 2011, "abaixo da média comunitária".
Todavia, admitiu ser "sempre possível" tomar mais medidas, se tal for necessário, embora reiterando a sua convicção de que as medidas já adoptadas "são as adequadas para que 2011 seja marcado pela redução do défice e pelo crescimento económico".