Num mundo dominado por novas tecnologias, em que as consolas e os telemóveis tiraram espaço aos brinquedos tradicionais, há em Ponte de Lima um local que ajuda os pais e os avós a mostrarem aos filhos e aos netos os brinquedos que marcaram a respetiva infância.
Corpo do artigo
O Museu do Brinquedo Português reúne, por ordem cronológica, exemplares nacionais fabricados desde os finais do século XIX até 1986. Durante a visita, há momentos capazes de prender miúdos e graúdos, como é o caso da longa viagem do comboio de zinco, logo no rés do chão.
O piso superior será, porventura, aquele que mais recordações traz aos adultos e que, por outro lado, mais descobertas proporciona às crianças. O peão de madeira, que marcou gerações, é apenas um dos exemplos.
Mas há muitos mais brinquedos, fabricados com recurso a diferentes materiais. As rocas e as flautas de folha de flandres, os baldes de praia em madeira, as bonecas de pasta de papel, os canhões de folha, passando pelas camionetas, barcos, comboios, triciclos e carros a pedais, além do mundo dos plásticos - considerado o apogeu do brinquedo português - despertam saudade e curiosidade.
Se a maioria dos brinquedos ficou guardada na memória, há os que conseguiram perdurar até hoje e continuam a animar as crianças, nomeadamente os estrunfes. Em Ponte de Lima, os famosos bonecos azuis contam-se às dezenas, dispostos numa gigantesca aldeia. O museu aproveita o espólio de milhares de peças do colecionador Carlos Anjos.