Dois dos quatro militares feridos a tiro este sábado à noite em São Miguel de Acha, Idanha-a-Nova, já receberam alta hospitalar. Os outros dois feridos, ainda que não corram perigo de vida, continuam hospitalizados.
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Um dos militares feridos está internado nos Hospitais da Universidade de Coimbra com estilhaços de vidro no olho e nas costas. O outro militar está no hospital Amato Lusitano, de Castelo Branco, onde vai manter-se, porque não foi possível retirar todos os pedaços de chumbo que ainda tem no corpo.
No largo da igreja de São Miguel de Acha ainda havia este domingo vestígios dos incidentes de sábado à noite. Estilhaços de vidro ficaram no chão depois de uma das viaturas da GNR ter sido cravada de tiros de caçadeira. Os disparos acabaram por atingir também, ainda que de raspão, os quatro militares da Guarda Nacional Republicana. Dois de Idanha-a-Nova e outros dois de Penamacor que foram chamados como reforço.
A população assistia à missa vespertina, quando um dos presumíveis autores do tiroteio, um homem de 65 anos, antigo emigrante em França e residente na aldeia, chamou a GNR para resolver um problema de estacionamento. "Ali na lateral da igreja estava uma carrinha de caixa aberta que lhe impedia a passagem", relatou ao JN uma testemunha que falou sob anonimato.
À chegada, os militares da GNR, multaram o automobilista infractor, também ele residente em São Miguel de Acha mas quando quiseram testar o nível de alcoolemia do denunciante, este resistiu e fugiu. Regressou pouco tempo depois ao volante de uma moto-quatro e de arma na mão. Disparou então sobre um jipe da GNR e fugiu juntamente com outro habitante da aldeia que o acompanhava.
Durante a madrugada, a GNR deteve os dois homens envolvidos no tiroteio mas acabou por libertar um deles mais tarde. O outro, arguido estava a ser ouvido pela Policia Judiciária em Castelo Branco.