Um comerciante luso-venezuelano, de 38 anos, sequestrado em 17 julho último, foi esta quinta-feira resgatado. Filho de emigrantes naturais de Santa Maria da Feira esteve 134 dias amarrado e vendado.
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O comerciante, Carlos Américo Valente Martínez, foi localizado acorrentado numa zona rural de San Isidro, no estado venezuelano de Zúlia, a 800 quilómetros a oeste de Caracas.
A polícia atribui o sequestro do luso-venezuelano ao grupo "La Gorda", acusado de estar envolvido em pelo menos outros 10 raptos e deteve quatro dos seus integrantes, estando à procura de outros seis membros, todos de nacionalidade colombiana.
Pouco depois de ser libertado, Carlos Américo Valente Martínez insistiu em apelar às pessoas que passam por situações de sequestro para que "não percam a esperança e colaborem com as autoridades".
"Dou graças a Deus, a Nossa Senhora de La Chinita (padroeira de Zúlia) e a Nossa Senhora de Fátima, porque me deram uma segunda oportunidade. Todos os dias que permaneci em cativeiro, estive amarrado e vendado. Faziam-me perguntas chave para enviar provas de vida aos meus familiares. Estava triste, mas sempre apegado a Deus", disse.
Adiantou que quando os polícias chegaram e disseram o seu nome ficou em choque e não respondeu.
"Quando me disseram que estava livre não podia acreditar", afirmou a jornalistas.
O comerciante luso-venezuelano, filho de emigrantes naturais de Santa Maria da Feira, foi sequestrado em 17 de julho por quatro homens armados quando caminhava a pé para um ginásio, situado a escassos metros da padaria de que é proprietário.