Os exames nacionais de Português realizaram-se na maior parte das escolas secundárias do Porto, ainda que, naquelas inseridas em maiores agrupamentos, tenham sido os professores do 1º ciclo a fazer vigilância das provas.
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Na escola de Alexandre Herculano, todos os professores convocados para as 18 salas de exame foram substituídos por outros colegas convocados. À porta, alguns professores em greve lamentavam, profundamente desiludidos, ter visto "colegas com as malas feitas para a mobilidade a comparecer à convocatória".
Entre as 9.30 horas e as 11.30 horas, o silêncio imperava diante das principais escolas secundárias do Porto, como a Aurélia de Souza, Clara de Resende, Rodrigues de Freitas, Fontes Pereira de Melo e António Nobre. Ao final das duas horas de prova, muitos alunos saíram com a prova na mão, dizendo que o exame tinha sido "muito fácil.
Uma das escolas onde apenas parte dos alunos fizeram exame foi a escola de ensino artístico Soares dos Reis, onde em 17 salas de exame, houve exame em 12, ficando os alunos até perto das 9.45 horas à espera que aparecesse algum dos professores convocados. "Às 9.45 horas,o porteiro disse-nos que não ia haver exame", disse uma das alunas que não pode fazer exame, ao JN.
O secretário-geral da Federação Nacional de Educação, João Dias da Silva, disse, à porta do liceu Alexandre Herculano, que o apuro da greve ficaria para esta tarde, para depois do exame de Latim. "Há escolas onde os exames estão a decorrer normalmente, outras onde há alguma salas com exames e outras sem exames a decorrer. Mesmo nas que estão com exames, há muitos professores em greve", disse.