O Instituto Português do Mar e da Atmosfera mantém toda a costa portuguesa sob aviso laranja até ao final do dia, por previsões de ondulação até aos sete metros, e que já provocou estragos na linha de costa.
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Este domingo, a ondulação na ordem dos seis metros de altura provocou estragos ao longo da costa.
A Polícia Marítima da Costa da Caparica encerrou parte do paredão que o mar galgou nas primeiras horas da madrugada, provocando estragos no piso e em restaurantes e bares.
A parte mais afetada já se encontra encerrada desde as primeiras horas da manhã e as autoridades marítimas decidiram fechar o acesso desde a zona do Tarquino até ao final da muralha a norte, junto ao parque de campismo da INATEL.
A forte agitação do mar causou também diversos danos materiais em localidades costeiras da Região Centro, como Nazaré, Peniche e São Martinho do Porto.
Durante a noite e primeiras horas da manhã, o mar avançou para zonas habitadas e causou algumas inundações, provocando prejuízos diversos em estabelecimentos comerciais, cafés, viaturas e embarcações.
Na Nazaré, "a forte ondulação do mar atingiu a marginal, que esteve cortada ao trânsito até às 7. horas", disse à Lusa o comandante dos Bombeiros Voluntários (BV) da vila, João Estrelinha.
A agitação marítima das últimas horas provocou estragos no passeio marítimo de Cascais, sobretudo ao nível do pavimento, informou a Polícia Marítima.
Na Praia Grande, no litoral de Sintra, as autoridades foram obrigadas a cortar o acesso ao areal e aos restaurantes da frente de mar.
Em Peniche, a agitação marítima destruiu a esplanada do bar da praia da Gamboa, onde o mar galgou a avenida de entrada na cidade, obrigando ao corte ao trânsito, disse o comandante da Capitania de Peniche.
Também no Furadouro, concelho de Ovar, a forte agitação marítima arremessou para a costa objetos, sobretudo troncos de madeira.
Segundo Carlos Borges, comandante dos Bombeiros de Ovar, a partir das 4.30 horas, com as marés vivas, assistiu-se a uma agitação marítima "fora do normal", tendo as vagas destruído os separadores de cimento e galgado toda a avenida central do Furadouro, que separa o mar da zona onde estão situados estabelecimentos de restauração e habitações.
"Os estragos são avultados. O paredão que existia está todo destruído", disse, observando que, para segurança das pessoas, a zona já tinha sido evacuada de madrugada.
Seis barras marítimas do país estão fechadas e uma condicionada à navegação, devido à agitação marítima, de acordo com a informação disponível na página da Internet da Marinha Portuguesa.