Primeiros cinco sinais que a ajudam a detetar dislexia no seu filho ainda antes dos cinco anos
Estima-se que em Portugal uma em cada dez crianças tenha dificuldades no reconhecimento adequado das palavras. No momento em que se assinala o dia Mundial da Dislexia, nesta sexta-feira, 10 de outubro, especialista revela os cinco sintomas mais comuns que podem antecipar um diagnóstico e preparar a prevenção antes de as crianças entrarem na escolaridade obrigatória e começarem a ler
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A troca de sons e de ordem de letras nas palavras é muito comum nas crianças quando começam a escrever. Porém, quando é que acaba a aprendizagem e começa mesmo o diagnóstico de dislexia?
Nem sempre é fácil de detetar esta perturbação específica de aprendizagem, com origem neurológica, caracterizada por dificuldades no reconhecimento adequado das palavras, mas há pequenas pistas que as crianças podem começar a deixar ainda antes dos cinco anos e às quais os pais devem ficar atentos.
No dia Mundial da Dislexia, que se assinala esta sexta-feira, 10 de outubro, especialista indica os cinco principais sinais de que a criança poderá sofrer de défice na componente fonológica da linguagem. A presidente da DISLEX - Associação Portuguesa de Dislexia começa por explicar que as "alterações ou atraso na fala significativas conjugadas com má pronúncia e/ou pobreza nas frases" podem ser um primeiro indicador de que o menor pode sofrer de dislexia.
Helena Serra acrescenta ainda a "confusão no nome das cores, a troca entre o direito e o esquerdo (aos 5 anos deve ter interiorizado esta informação) e o facto de não decorar letras de canções nem lengalengas". Por último, a responsável acrescenta que a incapacidade para "organizar sequencialmente uma história ouvida ou em imagens" pode também indiciar a presença desta perturbação, com impacto que cresce assim que se começa a aprender a ler.
Segundo a Dislex, estima-se que uma em cada dez crianças portuguesas sofra com a doença, pelo que a associação defende, em comunicado, que, "na Educação Pré-escolar, podem ser melhoradas as competências facilitadoras da leitura-escrita", tratando em tempo esta perturbação, que não precisa de ser impeditiva da aprendizagem. Afinal, como lembra a entidade não faltam nomes relevantes da História que viveram com esta condição, entre eles o cientista Albert Einstein, os pintores Pablo Picasso, Van Gogh e Leonardo da Vinci, a escritora Agatha Christie, e mais recentemente o realizador Steven Spielberg ou o chef Jamie Oliver.