Águia voa na "Champios" com Oscar Cardozo de cabeça perdida

As águias entraram com o pé direito na Liga dos Campeões, cumprindo a obrigação de vencer o campeão israelita em casa, naquele que seria, na teoria, o jogo mais fácil da fase de grupos. Mais 800 mil euros para a conta bancária, mas num jogo que deixou a nu algumas fragilidades.

A maior é Cardozo. O paraguaio está a milhas da época passada, sobretudo na mobilidade. Ontem, desperdiçou duas ocasiões claras para marcar, errou passes e deixou os adeptos com os nervos em franja. Quatro minutos antes do golo, entrou em picardias com as bancadas. Depois, em vez de festejar o tento, mandou calar os próprios adeptos. Para trás, ficou mais uma exibição tristonha do paraguaio, embora com um golo, é certo.

Foi um Benfica de serviços mínimos, mas suficiente para bater um adversário que revelou saber jogar futebol, mas com claras debilidades ofensivas. Ainda assim, capazes de causar alguns calafrios aos campeões nacionais, sobretudo a partir do golo de Luisão. Aí, apareceu Roberto, o mesmo de toda a polémica, que negou a igualdade ao Hapoel em duas ocasiões. O espanhol está mais confiante, mas nem por isso a defesa encarnada deixou de tremer.

Sem apoio, Javi García pareceu perdido, com Sahar a aproveitar sempre o espaço nas costas do espanhol e a servir os alas do Hapoel. Do outro lado, o Benfica sobrevivia com os rasgos de Aimar e as assistências de Carlos Martins. O problema só foi corrigido com a saída de Gaitán. Com o apoio de Rúben Amorim no meio-campo, Javi García soltou-se e Maxi Pereira deu a profundidade que faltava. Os encarnados melhoraram, estabilizaram o jogo e o segundo golo acabou por ser inevitável. Aí, viu-se o melhor Benfica, perto do terceiro, mas voltou à tremideira inicial, culminada com uma bola no poste da baliza de Roberto.