Domingos Paciência já fez a antevisão do jogo de amanhã, quarta-feira, entre o Arsenal e o Braga, tendo tirado pressão à equipa minhota, que fará a estreia na fase de grupos da Champions. O treinador português diz que a partida será uma grande oportunidade para continuar a fazer história.
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Os elogios feitos por Arsène Wenger ao Braga são um engodo para embalar a equipa portuguesa?
É natural que um treinador procure ter o melhor conhecimento possível do adversário. Depois do que viu em Sevilha, é natural que Wenger reconheça alguma qualidade ao Braga, mas este é um jogo totalmente diferente. Vamos tentar fazer uma exibição igualmente bem conseguida e veremos o que a partida nos proporciona.
A estratégia para o jogo de Londres será semelhante à de Sevilha?
São jogos diferentes. Temos consciência da equipa que vamos defrontar. Quando saiu o sorteio, a análise que se fez é de que o Arsenal será o primeiro do grupo. Sabemos perfeitamente qual é a distância entre o Arsenal de Londres e o de Braga. Quanto mais a encurtarmos, melhor será para nós. Sabemos que do outro lado está uma equipa com muita qualidade e com grande jogadores. Vamos tentar marcar e fazer um grande jogo.
A tradição de resultados das equipas portuguesas no Emirates Stadium não é famosa...
Sabemos que o normal é o Arsenal ganhar ao Braga, mas amanhã podemos estar a falar de outra coisa depois do jogo. O futebol é para fazer história e queremos continuar a fazê-la. Há pouco tempo, estávamos longe de pensar que era possível estar a acontecer isto, mas a verdade é que está a acontecer.
O empate será um bom resultado para o Braga?
Se chegarmos ao final do jogo com cinco ou seis situações de golo sem conseguirmos marcar, se calhar não será... Hoje poderia dizer que sim, mas amanhã poderá ser diferente.
Coloca o Arsenal ao nível dos grandes da Europa?
O Arsenal está ao nível do Barcelona, por exemplo. É uma equipa que dá gosto ver jogar. Para a contrariar, teremos de saber ocupar os espaços e anular-lhe a mobilidade. Também sofre golos e tem fragilidades, mas por vezes nem permite ao adversário aproveitá-las. Teremos de jogar nos limites, pois sabemos que só um Braga muito forte poderá contrariar este Arsenal.
O Braga poderá acusar o ambiente do Emirates?
Os meus jogadores já estão habituados a estes ambientes. Tivemos experiências recentes, no Celtic e em Sevilha, do mesmo género. O ambiente sente-se no início, mas depois os jogadores só têm de jogar. O meu discurso tem sido retirar a pressão e fazer com que a equipa sinta confiança. É um jogo único na carreira destes jogadores, que pode ficar para a história.