Francês foi julgado durante dois anos e ilibado de acusações de violação. Colegas temem danos psicológicos irreversíveis
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Nos últimos dois anos, Benjamin Mendy apenas foi visto nas imediações de tribunais. Não nos treinos nem nos jogos do Manchester City, nunca a fazer o básico de uma vida social, não deu entrevistas nem se deu por ele nas redes sociais. O último “tweet” data de 18 de agosto de 2021, três dias antes de ter sido suspenso - sabe-se agora, definitivamente - de todas as atividades dos “cityzens” devido a suspeitas de violação, transformadas depois em acusações formais, com sete mulheres a garantirem terem sido abusadas pelo internacional francês. Os tribunais decidiram que não, com a falta de provas a ilibar Mendy de nove crimes, e no rescaldo de meses e meses de ostracismo e reclusão voluntária limitou-se a um “Graças a Deus”. Agora, com 29 anos, vai tentar reaver a carreira, ou o que resta dela, no modesto Lorient, provavelmente para nunca mais voltar ao alto nível. De acordo com o “L’Equipe”, a intenção do jogador é mesmo estar longe dos holofotes, afastar-se dos grandes palcos.
Mal o veredito foi conhecido, foram vários os colegas de profissão que se apressaram a transformar Mendy em vítima. Memphis Depay, Paul Pogba e Vinícius Júnior foram os mais acérrimos, apontando o dedo a uma suposta cultura de “destruir reputações”. “Perdeste dois anos da carreira, mas isso é o menos. E os danos psicológicos causados? A tua vida nunca mais será a mesma”, escreveu o brasileiro do Real Madrid. “Quem vai ajudá-lo a recuperar? Quem vai ser responsável pelos danos que lhe causaram?”, apontou Depay. Muitos outros não quiseram dar tanto nas vistas, mas os comentários ou os “likes” nestas publicações também esclarecem as posições de Grealish, Zinchenko, Diogo Dalot, Phil Foden, João Cancelo ou Coman sobre o assunto.