Francisco J. Marques reagiu, esta sexta-feira, à decisão da juíza Ana Peres de ilibar a SAD do Benfica de todos os crimes que lhe eram imputados pelo Ministério Público, no caso e-Toupeira. O diretor de comunicação não considera a decisão uma vitória para o clube encarnado.
Corpo do artigo
"O F. C. porto não é parte deste processo. É um caso do Benfica e do Ministério Público. O diretor jurídico do Benfica, braço direito de Luís Filipe Vieira e o quadro relevante do Benfica, está acusado de corrupção e vai ser julgado. Vai mesmo haver julgamento a Paulo Gonçalves com uma acusação de corrupção. Parece-me otimista demais ver uma vitória do Benfica", começou por dizer Francisco J. Marques em declarações ao Porto Canal, considerando que é altura "da justiça desportiva entrar em campo".
"Paulo Gonçalves era o braço direito de Luís Filipe Vieira e trabalhava para o Benfica. Estamos perante uma situação muito clara. Há uma acusação de corrupção que vai chegar a julgamento e nessa acusação de corrupção está o braço direito do Benfica. O Ministério público pode recorrer e é natural que o faça, que é o que geralmente acontece. Vamos continuar a acompanhar, somos espectadores", disse Francisco J. Marques, sustentando que este é "um caso que não envolve o F. C. Porto de maneira nenhuma" e que diz apenas respeito aos encarnados. "O único combate entre F. C. Porto e Benfica é no caso dos e-mails", disse.
"Não podemos fugir a uma coisa: Paulo Gonçalves, braço direito de Luís Filipe Vieira e diretor jurídico à data está acusado de corrupção. Esta acusação não volta atrás. Chegou a altura da justiça desportiva entrar em campo", concluiu o diretor de comunicação do F. C. Porto.
"Há uma coisa que fica muito clara: todas estas coisas aconteceram mesmo. Não deixa de ser curioso que houve 203 acessos para consulta ao caso dos e-mails. Isso mostra a preocupação que existia por parte de Paulo Gonçalves, que pediu ao José Augusto Silva para aceder e passar informação. Podemos dizer que isso aconteceu até com algum benefício do Benfica. A juíza não deu muita importância a isso, terá tido uma atitude bastante conservadora, mas, mesmo assim, chegou à conclusão que ambos deveriam ser julgados por corrupção", continuou, garantindo que há outros casos mais importantes.
"Há muitas investigações que, essas sim são verdadeiramente relevantes, como é o caso dos e-mails, o caso dos jogos combinados, aquele célebre branqueamento ou lavagem de dinheiro... Esses são os que nos preocupam mais, porque têm que ver com um domínio irregular que se procurou ter do futebol em Portugal", concluiu Francisco J. Marques.