O ex-futebolista português Luís Figo afirmou que é "muito jovem" para presidir à FIFA, ainda que se tenha candidatado - e posteriormente retirado da corrida - à liderança do organismo regulador do futebol mundial nas eleições de maio.
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"Neste momento não sou candidato. Não segui por essa via porque toda a gente me dizia que era muito jovem e tenho tempo para chegar a essa posição", disse Figo, durante a nomeação como membro da Academia Laureus, em Madrid.
Na altura, Figo justificou a "saída de cena" não com o facto de ser jovem, mas por considerar que não se tratava de um "ato eleitoral normal", mas antes "um plebiscito de entrega do poder absoluto a um só homem (...) do qual o futebol não sairá a ganhar".
O suíço Joseph Blatter acabou por concorrer à presidência da FIFA com príncipe Ali bin Al Hussein, da Jordânia, tendo sido reeleito para um quinto mandato consecutivo, do qual apresentou a demissão pouco tempo depois, na sequência do escândalo de corrupção que abalou o organismo.
O ex-futebolista internacional português comentou também a polémica sobre a utilização irregular do russo Denis Cheryshev por parte do Real Madrid, no jogo com Cádis, da Taça do Rei de Espanha, que custou ao clube "merengue" a eliminação, apesar de ter ganhado por 3-1.
"No meu tempo [de jogador], penso que alguém seria responsabilizado por isso. Pelo menos eu, quando era suspenso, tinha consciência disso e sabia que não podia jogar", observou Figo.