O governador do Banco Central da Letónia, Ilmars Rimsevics, detido neste fim de semana pela agência anticorrupção da Letónia, é suspeito de ter recebido um suborno no valor de 100 mil euros
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O diretor da agência anticorrupção letã (KNAB), Jekabs Straume, confirmou esta segunda-feira em conferência de imprensa, sem avançar nomes, que foram abertos procedimentos legais contra dois funcionários da instituição.
Os procedimentos legais surgem no seguimento de suspeitas de extorsão e recebimento de subornos no valor de 100 mil euros.
Straume adicionou que uma das acusações, dirigida a um alto representante, "não permite que o funcionário continue a desempenhar as suas funções".
Ilmars Rimsevics foi detido para interrogatório neste fim de semana, após a condução de buscas no seu escritório e na sua residência na sexta-feira.
Após uma reunião extraordinária, o primeiro-ministro letão, Maris Kucinskis, disse esta segunda-feira que o banqueiro irá enfrentar "restrições" a anunciar.
De acordo com a agência noticiosa dos países bálticos, a Baltic News Service, o primeiro-ministro avançou que "no mínimo, [Rimsevics] será impedido de continuar no cargo" mesmo após a saída sob fiança.
Ilmars Rimsevics foi governador do Banco da Letónia desde 2001 e ocupava ainda um lugar no Conselho do Banco Central Europeu (BCE).
Entretanto, o BCE reportou que o regulador financeiro da Letónia proibiu todos os pagamentos do Banco ABLV, um dos maiores do país, após alegações de lavagem de dinheiro de origem norte-coreana e das sanções aplicadas pelos Estados Unidos. O ABLV é o terceiro banco com maiores ativos na Letónia.