<p>O ministro da Economia, Vieira da Silva, afirmou hoje, sexta-feira, ser "muito possível" que Portugal registe um crescimento superior aos 1,3% previstos para este ano, pelo Governo, no cenário macroeconómico constante no Orçamento do Estado para 2011.</p>
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"É muito possível que sim, todas as indicações apontam nesse sentido", afirmou Vieira da Silva aos jornalista, comentando os dados divulgados hoje, sexta-feira, pelo INE, e que apontam para um crescimento de 0,4% em cadeia no terceiro trimestre, e de 1,5% relativamente ao período homólogo.
"A simples média aritmética do crescimento que já tivemos é de cerca de 1,5%. O crescimento já acumulado é um crescimento já superior à última estimativa do Governo", sublinhou o governante.
A economia portuguesa cresceu 0,4% no terceiro trimestre face ao três meses anteriores e 1,5% face ao mesmo período do ano passado, de acordo com a estimativa rápida divulgada hoje pelo INE.
"A Estimativa Rápida do Produto Interno Bruto aponta para um aumento de 1,5% em volume no terceiro trimestre de 2010 face ao período homólogo (1,4% trimestre anterior). Face ao trimestre precedente, o PIB terá registado um aumento de 0,4%", afirma o Instituto Nacional de Estatística.
O crescimento do PIB no terceiro trimestre "traduz o contributivo positiva da Procura Externa Líquida, ao contrário do sucedido no trimestre anterior, sobretudo em resultado do aumento expressivo das Exportações de Bens e Serviços", afirma o INE.
Já a Procura Interna, cujo contributo para a evolução do PIB "tinha sido positivo no segundo trimestre, foi negativo no terceiro trimestre de 2010, devido essencialmente ao comportamento do Investimento".
Os valores hoje apresentados fazem também uma revisão dos dados anteriores, devido a "revisões na informação de base utilizada", destacando-se "os dados mais recentes do comércio internacional de bens, com revisões em termos nominais desde 2009, e os novos deflactores para o segundo trimestre de 2010, implicando uma redução de 0,1 pontos percentuais na variação homóloga do PIB estimadas para os dois trimestre anteriores", explica o INE.