A chanceler alemã, Angela Merkel, defendeu, esta segunda-feira, que o plano de resgate financeiro de Chipre contempla uma "distribuição justa" dos encargos.
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O plano "requer que os que contribuíram para causar estes desenvolvimentos indesejáveis assumam responsabilidades e é assim que deve ser", afirma Angela Merkel em comunicado divulgado pela chancelaria.
"Por um lado, os bancos têm de assumir as responsabilidades eles próprios. É o que sempre dissemos. Não queremos que os contribuintes tenham de salvar bancos, mas que os bancos se salvem a eles próprios", adiantou.
Chipre garantiu o lugar na zona euro com um acordo que incide sobre os dois maiores bancos cipriotas bem como os grandes depositantes destes, frequentemente russos, que pagarão 30% sobre depósitos acima de 100 mil euros, disse o Governo.
Para Merkel, o acordo representa uma "distribuição justa" dos encargos. "Estou muito satisfeita que na última noite tenha sido alcançada com sucesso uma solução para Chipre, o que quer dizer que foi evitada a insolvência do país", sublinhou.
Merkel disse ainda que Chipre pode contar com a solidariedade europeia, embora isso implique que Nicosia desenvolva esforços de privatização, reformas estruturais e aumento de impostos.