Ministro das Finanças diz que cabe aos Banco de Portugal resolver demissão no BPP
O ministro das Finanças disse hoje, segunda-feira, que o pedido de substituição da Administração do Banco Privado Português é um problema que cabe ao Banco de Portugal resolver.
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"Esta [pedido de substituição apresentado pela administração provisória do banco] é uma questão que terá de ser analisada pelo Banco de Portugal porque foi ele que nomeou a administração", esclareceu Fernando Teixeira dos Santos.
O ministro, questionado pelos jornalistas sobre o pedido de substituição da equipa liderada por Fernando Adão da Fonseca, que a agência Lusa noticiou hoje, afirmou que a administração do banco "não se pode queixar de cansaço".
"Quem tem razões para estar cansado sou eu pelo trabalho acrescido que tenho", afirmou o ministro.
A administração aponta, contudo responsabilidade ao ministério das Finanças, sustentando que "aparentemente devido ao especial empenho" do mistério "apenas se mantém viva" uma hipótese de solução para os clientes, que considera que não chegará a bom termo num cenário de insolvência.
A rejeição de quatro propostas de recuperação do Banco Privado Português (BPP) que surgiram durante o mandato desta administração e o "provável" cenário de insolvência face a essas recusas foram as principais razões que levaram ao pedido de substituição.
Numa comunicação aos funcionários, a que a agência Lusa teve acesso, a administração do BPP, nomeada pelo Banco de Portugal para encontrar soluções para o banco e para os clientes, diz que considera "urgente a nomeação de uma administração que apresente soluções que, ao contrário das que esta administração apresentou, possam ser viabilizadas".