O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, defendeu, esta segunda-feira, que "Portugal será na Europa o que trouxer à Europa, de fora da Europa", realçando a capacidade de "estabelecer pontes com mercados importantes da economia global".
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Na cerimónia de formalização do acordo de financiamento entre a EDP e o China Development Bank, no valor de mil milhões de euros, Paulo Portas disse que "ficou à vista, durante a privatização da EDP, que Portugal é economicamente um país capaz de estabelecer pontes e ligações estratégicas com mercados importantes da economia global".
"Estou convicto que Portugal será na Europa muitas vezes o que trouxer à Europa, de fora da Europa", declarou, adiantando que passa muito tempo a "trabalhar no progresso das relações entre Portugal e a China".
"E acho sempre que essas horas não são suficientes", acrescentou.
Perante os representantes da China Three Gorges, a principal acionista da EDP, e do China Development Bank, o ministro dos Negócios português garantiu que "Portugal está muitíssimo atento ao desenvolvimento da China, ao lugar inevitável que a China ocupa na economia global".
"Portugal tem uma visão cooperativa e de parceria nas relações com a China", afirmou.
Para Paulo Portas, o acordo para o financiamento de mil milhões de euros à elétrica liderada por António Mexia é "o cumprimento de uma parte substancial do compromisso, que é muito importante para a EDP, para a economia portuguesa, para a confiança na EDP e na economia portuguesa".
O China Development Bank Corporation aprovou um empréstimo à EDP e à EDP Finance BV de mil milhões de euros, que vence a cinco anos com uma taxa de 4,80% acima da Euribor a seis meses.
Este empréstimo insere-se nos compromissos assumidos no âmbito da parceria estratégica estabelecida entre a EDP e a China Three Gorges Corporation, que adquiriu uma participação de 21,35% na elétrica, que estava nas mãos do Estado português por um valor total de 2,7 mil milhões de euros.