O PSD de Vila do Conde vai contestar, na sexta-feira de manhã, o pagamento de portagens na A28, pedindo aos automobilistas que "não passem naquela via".
Corpo do artigo
O presidente da comissão política concelhia local, Miguel Paiva, referiu à agência Lusa que este protesto pretende mostrar ao Governo que o pagamento de portagens na ex-Scut apenas está a "onerar os orçamentos de muitas famílias e empresas, num período em que as dificuldades são cada vez maiores".
Para além disso, também "frustrou as expectativas das populações que tiveram a garantia de que as Scut não iam ser portajadas".
Sob o lema "Portagens? não quero! passo ao lado", os sociais-democratas de Vila do Conde pedem à população para que, na próxima sexta-feira, entre as 8.30 horas e as 10.00 horas da manhã, não passe naquela via.
Ao mesmo tempo, elementos da comissão política local vão estar junto à feira semanal a "prestar esclarecimentos à população através da distribuição de panfletos e autocolantes para serem colocados nas viaturas", explicou o dirigente partidário.
Para Miguel Paiva, esta acção, além de contestar uma medida implementada pelo Governo PS e mantida pelo PSD, trás ainda vantagens aos automobilistas, porque "poupam as taxas de portagens e nos combustíveis que, nas vias nacionais, são mais baratos".
Será também uma forma de promoverem os consumos junto dos "estabelecimentos comerciais locais" que se encontram ao longo da Estada Nacional 13, a via alternativa à A28.
A cobrança de portagens nas três antigas Scut do Norte iniciou-se a 15 de Outubro de 2010. Segundo dados do Instituto de Infraestruturas Rodoviárias, divulgados este mês, a A28 perdeu, diariamente, no segundo trimestre de 2011, uma média de nove mil viaturas.
Antes da cobrança de portagens, aquela via apresentava um tráfego médio diário de cerca de 35 mil viaturas, sendo que no segundo trimestre deste ano o número caiu para pouco mais de 24 mil, o que representa uma quebra de 27%.
Ainda segundo o mesmo documento, o troço entre Modivas (Vila do Conde) e Angeiras (Matosinhos) foi o que apresentou uma quebra maior, passando de cerca de 64 mil viaturas diárias para 33 mil.