<p>O Sindicato Nacional do Ensino Superior (SNESup) disse hoje, quarta-feira, que "os objectivos foram atingidos" na greve geral, com taxas de adesão entre 40 por cento, na Universidade de Coimbra, e 95 por cento, numa escola do Instituto Politécnico de Lisboa.</p>
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Com 90 por cento de adesão à greve geral de hoje -- diz o SNESup em comunicado -- estiveram a Universidade do Algarve, a "maior parte das faculdades" da Universidade de Lisboa e "alguns departamentos" da Universidade da Beira Interior.
Também a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e a Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa registaram uma adesão à greve da ordem dos 90 por cento, segundo a estrutura sindical.
A Escola Superior de Comunicação Social, do Instituto Politécnico de Lisboa, foi a que, de acordo com o sindicato, teve uma maior adesão ao protesto, com 95 por cento.
Com uma expressão menor, a Faculdade de Letras da Universidade do Porto e o Instituto Politécnico do Porto registaram uma adesão à greve geral de 50 por cento.
Na "maior parte das faculdades" da Universidade de Coimbra a taxa de adesão à greve geral foi de 40 por cento.
Por isso, hoje "não foi um dia normal no Ensino Superior", uma vez que "um pouco por todo o país os docentes e investigadores mostraram a sua adesão à greve neste dia paralisando as suas actividades", lê-se no comunicado.
O SNESup dá ainda conta de "uma greve com adesão significativa entre os funcionários não docentes" e da "não comparência de alunos".
O sindicato adianta que "irá prosseguir com a convocação de uma concentração nacional junto ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior", porque o ministro Mariano Gago "ainda não respondeu ao pedido de reunião que o SNESup formulou em 4 de Outubro".
A CGTP e a UGT realizam hoje uma greve geral conjunta contra as medidas de austeridade, anunciadas pelo Governo em Setembro, que têm como objectivo consolidar as contas públicas, entre as quais os cortes de salários nos trabalhadores do Estado, o congelamento das pensões em 2011 e o aumento em dois pontos percentuais do IVA.
Esta é a segunda greve geral marcada pelas duas centrais. A primeira realizou-se há 22 anos contra o pacote laboral.