A taxa de desemprego em Portugal estabilizou nos 10,6% no segundo trimestre do ano, o mesmo valor observado no primeiro trimestre, segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística.
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Relativamente ao período homólogo de 2009, o desemprego aumentou 1,5%.
Entre Abril e Junho, o INE contabilizou um total de 589,8 mil desempregados, um acréscimo de 16,2% face ao trimestre homólogo e um decréscimo de 0,4% em relação ao trimestre anterior, refere o instituto.
O número divulgado hoje, terça-feira, interrompe o ciclo de subidas da taxa de desemprego em Portugal iniciado há um ano (no segundo trimestre de 2009), com o mercado laboral a sofrer os efeitos da crise económica que se alastrou por toda a Europa.
Na altura, a taxa de desemprego situava-se nos 9,1%, o equivalente a 507,7 mil desempregados.
O número de empregados contabilizados pelo INE, por sua vez, diminuiu 1,7% quando comparado com o mesmo trimestre de 2009 e 0,3% relativamente ao trimestre anterior.
Segundo o INE, para a variação homóloga da população desempregada contribuiu nomeadamente o aumento do número de mulheres desempregadas (56 mil) que explica 68,2% da variação ocorrida no desemprego total.
O número de homens desempregados também aumentou (26,1 mil) mas "de uma forma menos expressiva".
A taxa de desemprego dos homens foi de 9,7%, mais 1,0% do que em igual período do ano passado, e a das mulheres foi de 11,5%, mais 2,0% do que no segundo trimestre de 2009.
Face ao trimestre anterior, a taxa de desemprego nos homens diminuiu e a das mulheres aumentou (0,1% nos dois casos).
De acordo com o INE, a manutenção trimestral da taxa de desemprego "resultou do facto de o decréscimo da população empregada (0,3%) ter sido quase igual ao decréscimo da população desempregada (0,4%), abrangendo 17,1 mil indivíduos no primeiro caso e 2,4 mil indivíduos no segundo caso".
Por regiões, as taxas de desemprego mais elevadas foram registadas nas regiões Norte (12,2%), Algarve (12,2%), Alentejo (11,8%) e Lisboa (11%).
Os valores mais baixos, por sua vez, foram observados nos Açores (6,2%), no Centro (7,7%) e na Madeira (8,2%).
Face ao trimestre homólogo, o desemprego aumentou em todas as regiões à excepção dos Açores, enquanto comparativamente ao trimestre anterior, o desemprego aumentou na madeira, Alentejo e Lisboa e diminuiu nos Açores, Algarve, Norte e Centro.
