A agência de notação financeira Fitch considera que a zona euro "será capaz de resistir às pressões dos mercados e manter-se intacta a longo prazo", revela um estudo divulgado esta terça-feira.
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As conclusões da Fitch, que resultam de um inquérito realizado pela agência junto de vários investidores, apontam que apenas cinco por cento dos inquiridos considera que as pressões sobre as economias europeias levará ao fim da moeda única.
No entanto, ainda no que se refere ao euro, 31% dos investidores inquiridos consideram possível que, não apenas a Grécia "saia da zona euro, mas também mais um ou dois países".
Em relação ao pagamento da respetiva dívida, nove por cento dos investidores estimam que "mais do que um Estado membro será incapaz" de o fazer.
Deste inquérito, levado a cabo pela Fitch entre 2 de julho e 2 de agosto, a agência de notação conclui, por seu turno, que, "apesar da volatilidade [dos mercados] verificada nos últimos tempos, os investidores acreditam no projeto europeu a longo prazo".
"É altamente improvável um colapso do euro, não só devido aos custos elevados que daí poderiam advir, mas também devido ao forte compromisso político com a união económica e monetária", revela o comunicado.
As respostas dadas pelos investidores indicam também que "a severidade da crise soberana demonstra a necessidade de mais reformas, de uma maior união fiscal, financeira e política, que viabilizem a união monetária".
Neste âmbito, os inquiridos entendem que o legislador europeu "deve continuar a introduzir medidas adicionais", nomeadamente "uma potencial mutualização parcial da divida, e uma supervisão e intervenção financeira pan-europeia".