Um homem de 50 anos nunca aceitou o divórcio exigido pela mulher e passou a persegui-la e a telefonar-lhe cerca de 100 vezes por dia. Permaneceu igualmente no hospital quando a doente oncológica, de 48 anos, esteve internada e não teve receio em ameaçá-la frente a um militar da GNR de Penafiel.
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O casal divorciou-se há cerca de um ano e meio, por vontade da mulher, mas o funcionário de uma empresa de Penafiel não aceitou a decisão e começou a pressionar a antiga mulher com a intenção de forçar o reatamento. Começou por permanecer junto ao seu local de trabalho, à espera que esta saísse para a importunar. Depois, ligou-lhe insistentemente para o telemóvel, havendo dias em que realizou cerca de 100 tentativas de contacto. E ainda lhe moveu perseguições até locais públicos e invadiu-lhe a habitação.
Ameaças de morte
Quando a vítima foi internada para receber tratamento a um cancro, o indivíduo, mesmo sabendo que esta não desejava a sua presença, permaneceu dias a fio no quarto do hospital. Numa das últimas situações, a mulher, já desesperada, refugiou-se no posto da GNR de Penafiel logo que percebeu que estava, novamente, a ser seguida e contou o que estava a suceder. Nesse momento, recebeu mais de uma dezena de chamadas telefónicas, uma das quais atendida por um militar. Do outro lado da linha, o agressor não hesitou em afirmar que se aquela mulher não fosse dele também não seria de mais ninguém.
Este episódio deu origem a um processo liderado pelo Núcleo de Investigação e Apoio a Vítimas Específicas da GNR, que culminou com a detenção do agressor. Seria, posteriormente, libertado, mas proibido de contactar a ex-mulher.