O líder democrata-cristão, Paulo Portas, termina a campanha a pedir "o benefício da dúvida" dos arrependidos do PS e dos descontentes do PSD com o objectivo de "virar a página Sócrates".
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"Há muita gente que diz `eu votei PS em 2005, contribuí para a maioria, não gostei da forma arrogante de ele José Sócrates] governar, tradicionalmente não gosto do PSD, vou votar em si´. É um benefício da dúvida. Se eu souber honrá-lo essas pessoas vão aumentar o CDS", afirmou Portas, em declarações à Agência Lusa.
Com o objectivo de "virar a página Sócrates", o líder do CDS disse acreditar que o seu partido pode mesmo ficar à frente do PCP e do BE.
"A página `socas´ tem que ser virada, e já lhe estou a chamar o que chama o povo, Socas", disse Paulo Portas, rindo, por ter pronunciado mal o nome do primeiro-ministro.
Num balanço da campanha, que "começou há 90 dias" e "sem férias" percorrendo "49 mil quilómetros e quase 200 concelhos", Portas considerou que as pessoas passaram a identificar "o CDS com causas, medidas e políticas em concreto".
Já sobre a campanha do PS e do PSD, Portas, que se tem demarcado da "campanha de incidentes", disse que "não ficou uma ideia".
Quanto a possíveis "alianças" com o PS se este partido ganhar as eleições sem maioria absoluta, Portas respondeu:
"Eu tive quatros anos e meio a fazer oposição ao engenheiro Sócrates, muitas vezes sozinho, e agora ele passava a ser bom a partir de domingo? Não sou desses".