<p>O secretário-geral do PS fez hoje, no tradicional almoço da Cervejaria Trindade, em Lisboa, o mais dramático apelo ao voto útil nesta campanha eleitoral.</p>
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José Sócrates atacou ainda as “propostas radicais e extremistas” das nacionalizações, numa crítica indirecta ao Bloco de Esquerda
“Este realmente não é o tempo para pensarmos que podemos ficar melhor se agora decidirmos nacionalizar os bancos, os seguros ou a energia”, disse José Sócrates, insistindo que “o país não precisa de nenhuma proposta radical e extremista”.
Antes, Sócrates voltara a dizer que “não há sondagens que ganhem eleições” e apelou à numerosa plateia, onde estavam muitos ministros e secretários de Estado do seu Governo e muitos independentes, para que se empenhe e mobilize “até ao fim”. “Isto ainda não acabou”, disse, “Só as urnas é que podem ditar quem vence e quem perde”.
Depois, Sócrates fez o mais vivo apelo ao voto útil que se ouviu da sua boca nesta campanha. “O voto é útil quando constrói alguma coisa, quando serve para unir e não para dividir, quando faz parte da solução dos problemas e não do problema”, disse, voltando a defender que só o voto no PS é o voto da “confiança e responsabilidade”.
No almoço do PS, Sócrates voltou a ter o apoio da família socialista. Ao seu lado, na mesa de honra, estiveram Mário Soares e Maria Barroso, Almeida Santos, Jaime Gama, António Vitorino, Edite Estrela, António Costa e Luís Filipe Vieira, presidente do Sport Lisboa e Benfica, que quis ir dar o seu apoio a “um amigo”.
Aos jornalistas, Vieira explicou que esteve no almoço a título “individual” e a exercer um “direito de cidadania”. Quis ir dar “testemunho da determinação, competência e grande energia” de José Sócrates que, acredita, vai ser primeiro-ministro durante mais quatro anos.
A partir das 17 horas, a campanha do PS faz a tradicional descida do Chiado à Baixa e, às 19.15 horas, tem lugar o comício de encerramento na antiga FIL, na Junqueira. Segue-se um jantar de gerações na Estufa Real, à Ajuda.