O secretário-geral do PS justificou, esta quarta-feira, que não pede aos eleitores uma segunda maioria absoluta porque todos os estudos de opinião afastam claramente esse cenário, quer para o seu partido, quer para o PSD.
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A posição de José Sócrates foi assumida em declarações à RTP, antes do comício do PS em Ponta Delgada.
"Todos os estudos de opinião são unânimes em considerar que será praticamente impossível um partido obter maioria absoluta. Por isso, ao longo desta campanha, tenho-me esforçado por criar um clima propenso ao entendimento e ao compromisso, porque é isso que os portugueses esperam e acho que é isso que o país necessita", disse.
Questionado sobre se o PS vai excluir o PSD de um possível entendimento, José Sócrates respondeu: "Desculpe-me, eu não antecipo cenários, pela simples razão que temos de deixar primeiro o povo falar".
Confrontado com a dúvida do presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, sobre onde José Sócrates vai buscar dinheiro para continuar a fazer os investimentos públicos que promete, o secretário-geral do PS respondeu que o líder social-democrata "é rápido a fazer acusações e muito lento a apresentar os seus pontos de vista e argumentos".
"O PS tem-se apresentado como uma força de governação responsável e moderada", disse.