Sócrates considera que PSD tem o programa mais radical de sempre da direita em Portugal
O secretário-geral do PS considerou, esta sexta-feira, que o programa eleitoral do PSD é o mais radical que a direita já apresentou em Portugal, numa intervenção em que atacou os planos de privatizações dos sociais-democratas.
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"Quando um partido se propõe privatizar a Caixa Geral de Depósitos, as Aguas de Portugal, a RTP, abrir aos privados a escola pública e os cuidados primários de saúde, eu digo que este é o programa político mais radical que a direita já apresentou no país", declarou José Sócrates na intervenção de abertura do jantar comício do PS no Pavilhão do Atlântico.
Segundo Sócrates, o programa eleitoral do PSD "coloca em causa a igualdade de oportunidades e a justiça social", declarou, antes de sustentar que "este PSD [liderado por Pedro Passos Coelho] virou à direita".
"Qual o objectivo destas privatizações, que racionalidade, que resultados esperam obter? Que sentido faz abrir a privados a gestão da escola pública", interrogou-se Sócrates ainda atacando os sociais-democratas.
Para o secretário-geral do PS, estas opções do PSD apenas surgem "por preconceito ideológico".
"Eles propõe privatizar as Águas de Portugal, a Caixa Geral de Depósitos, a RTP ou e a EDP, mas eu digo que não precisamos de fazer essas privatizações, porque seriam um erro para o nosso país. Num momento em que todos os país do mundo tomam medidas para dar mais segurança aos seus sistemas financeiros, qual a razão para se cometer a leviandade e aventura de abrir o capital da Caixa a privados -- digam-me se isto não é uma completa insensatez", sustentou Sócrates.
Na sua intervenção, o secretário-geral do PS considerou depois que a abertura da gestão das escolas públicas a privados "atenta contra a igualdade de oportunidades, no acesso à educação e ao conhecimento".
"O PSD acha que se devem usar os impostos dos portugueses para financiar quer o público quer o privado", acusou, falando antes de intervenções do secretário-geral da JS, Pedro Alves, do presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, e do cabeça de lista do PS por Lisboa, Ferro Rodrigues.