O secretário-geral do PS, José Sócrates, criticou os líderes políticos que apenas dizem "mal do país" e apelam "à descrença e ao negativismo", considerando que estes "não estão a servir os superiores interesses" de Portugal.
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O dia de José Sócrates pelos distritos de Porto e Braga terminou na Afurada, Gaia, com um banho de multidão, numa arruada e num comício que juntaram centenas de pessoas.
O candidato a primeiro-ministro nas próximas legislativas afirmou que "o PS quer, nesta campanha eleitoral, defender os seus pontos de vista mas sempre com nobreza, elevação e respeito".
"Porque aqueles que fazem uma campanha apenas insultando, denegrindo os seus adversários, apenas utilizando o ataque pessoal, verdadeiramente o que estão é a fazer ataques ao povo e à democracia", condenou.
Sócrates recordou que em "nenhum país europeu houve partidos que provocaram uma crise política para somar à crise financeira uma crise política que prejudicou o país", salientando que "estas eleições são acerca da responsabilidade".
Segundo o secretário-geral socialista, "o dever de todos os líderes políticos, neste momento, é puxar pelas energias do país. É apelar à vontade, à iniciativa, ao espírito de risco, ao melhor que o povo português tem".
O primeiro-ministro demissionário voltou a sublinhar a ideia de que o PS não quer privatizar "o Serviço Nacional de Saúde, nem a escola pública, nem a Caixa Geral de Depósitos, porque isso seria uma aventura, uma irresponsabilidade dos radicais que apresentam um modelo e um programa de radicalismo ideológico".