Bissau é, esta sexta-feira de manhã, uma cidade relativamente tranquila e a presença militar é pouco visível, depois de um fim de noite e madrugada também sem incidentes. A casa do primeiro-ministro foi vandalizada e é agora o centro das atenções da população.
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Ao início da noite de quinta-feira, os militares fecharam várias ruas e foram ouvidos muitos disparos, alguns de armas pesadas. Os disparos terminaram cerca das 21.30 horas (22.30 em Portugal continental) e desde então a noite foi calma, sem que o hospital tivesse registado mortos ou feridos.
Esta sexta-feira, a população começou a sair à rua e a circulação automóvel é possível em ruas que antes estavam fechadas, como a rua onde mora o primeiro-ministro ou a da Presidência da República.
A Embaixada de Portugal, em frente da qual estavam também militares, já não regista a presença de qualquer tropa.
A casa do primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, foi vandalizada e está agora vazia, sendo, no entanto, o centro das atenções dos populares da capital guineense.
Em frente da casa de Carlos Gomes Júnior, cujo portão da garagem está aberto e com sinais de ter sido atingido por um projétil, concentra-se uma pequena multidão, que vai comentando os acontecimentos.
No interior da casa, que a agência Lusa visitou, são visíveis os sinais de violência, com vidros partidos e uma parede derrubada.