A Arábia Saudita vai proibir todos os voos para o Irão e banir os seus cidadãos de viajarem para aquele país, disse à Reuters o ministro saudita dos Negócios Estrangeiros. As relações comerciais também vão ser cortadas.
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Os peregrinos que queiram visitar Meca e Medina poderão continuar a fazê-lo, revelou o ministro Adel al-Jubeir. Para que as relações entre os dois países normalizem, é necessário que o Irão "se comporte como um país normal", em vez de uma "revolução", e que respeite as normas internacionais, afirmou o responsável da Arábia Saudita.
A escalada de tensão entre Teerão (maioritariamente xiita) e Riade surge na sequência da execução do clérigo xiita Nimr Baquer al-Nimr, que o ministro apelidou de terrorista, pelas autoridades do reino saudita (sunita).
Já antes, os Emirados Árabes Unidos (EAU) decidiram diminuir "a representação diplomática para o nível de encarregado de negócios e reduzir o número de diplomatas iranianos no país", referiu o Ministério dos Negócios Estrangeiros dos EAU, num comunicado, citado pela agência noticiosa oficial WAM.
O Bahrein e o Sudão seguiram o exemplo de Riade e também anunciaram esta segunda-feira o corte de relações como o regime de Teerão.
"Esta medida excecional foi tomada à luz da contínua interferência do Irão nos assuntos internos do Golfo e dos países árabes, que atingiu níveis sem precedentes", referiu a mesma nota da diplomacia dos EAU.