O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, apelou, esta terça-feira, a todas as partes envolvidas no conflito em Gaza para "um cessar-fogo imediato", no sétimo dia da ofensiva israelita "Pilar Defensivo" contra grupos armados na Faixa de Gaza.
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"Todas as partes devem cumprir o cessar-fogo imediatamente. Qualquer nova escalada da situação colocaria toda a região em perigo", afirmou Ban Ki-moon, numa conferência de imprensa conjunta com o chefe da Liga Árabe, Nabil al-Arabi, no Cairo.
"Eu estou na região devido à situação alarmante em Gaza. Estou aqui para apelar pessoalmente para o fim das violências", adiantou.
"O secretário al-Arabi e eu mesmo partilhamos uma profunda inquietação" quanto às perdas de vidas humanas, afirmou, apoiando os esforços do secretário-geral da organização árabe, que é hoje esperado em Gaza com uma delegação ministerial da Liga.
Ban Ki-moon, que deve deslocar-se depois do Cairo a Jerusalém e a Ramallah, na Cisjordânia, para se encontrar com os dirigentes israelitas e com os da Autoridade Palestiniana, apresentou as "condolências aos numerosos civis apanhados no conflito e mais especialmente às famílias das vítimas e feridos".
"Uma vez mais famílias e crianças morrem devido à violência insensata", adiantou, apelando a todas as partes para se conformarem ao "direito humanitário internacional".
O secretário-geral da ONU também reconheceu "que Israel tem preocupações legitimas em matéria de segurança", mas advertiu que o lançamento de uma operação terrestre contra o enclave palestiniano constituiria uma "escalada perigosa".
"Medidas imediatas devem ser tomadas para evitar qualquer escalada suplementar", afirmou, adiantando que "uma operação terrestre não faria senão provocar mais mortos".
Israel decidiu adiar a ofensiva terrestre na Faixa de Gaza para dar oportunidade aos esforços egípcios para estabelecer uma trégua entre o movimento palestiniano Hamas e o Estado hebreu.
O anúncio surge quando a ONU, o Egito e Washington intensificam esforços para impedir uma escalada ainda maior na região à beira da explosão. Mais de 100 palestinianos morreram desde o lançamento da ofensiva israelita "Pilar Defensivo" na quarta-feira contra grupos armados na Faixa de Gaza.