O secretário da Defesa norte-americano, Robert Gates, admitiu, esta sexta-feira, numa visita ao Iraque, que a presença de tropas dos Estados Unidos pode estender-se além da retirada prevista para 2011.
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Robert Gates, em visita para assinalar o 8º aniversário da queda de Bagdade (9 de Abril de 2003), afirmou que se os iraquianos quiserem que as tropas norte-americanas se mantenham no país, um acordo pode ser negociado para uma presença a longo prazo ou para dois ou três anos.
O calendário de retirada das forças norte-americanas do país aprovado em 2008 prevê a saída de todas as tropas até ao final de 2011, mas durante a visita ao Iraque, Robert Gates referiu-se a um eventual prolongamento, apesar das declarações públicas em sentido contrário das autoridades iraquianas.
Numa intervenção perante tropas norte-americanas na base de Camp Marez, perto de Mossul (norte), o responsável pela Defesa dos Estados Unidos disse que nos vários contactos que manteve com responsáveis iraquianos lhe foi transmitido um interesse em prolongar a presença norte-americana.
"Estamos abertos a isso. Seria obviamente uma presença que corresponderia a uma pequena fracção da que temos agora", disse. Actualmente estão no Iraque cerca de 47 mil soldados norte-americanos.
Questionado por um militar sobre quanto tempo os Estados Unidos aceitariam ficar, Robert Gates respondeu que "isso seria negociado", mas seria sempre por "um período finito". "Depende do que os iraquianos querem e do que podemos disponibilizar", disse.
