O Governo sueco, apoiado pelo partido de extrema-direita Democratas Suecos (DS), anunciou esta sexta-feira que quer limitar o acesso a armas semiautomáticas, após um tiroteio em que foram assassinadas 10 pessoas.
Corpo do artigo
"Há certos tipos de armas que são tão perigosas que só deveriam ser permitidas para uso civil em circunstâncias excecionais. A [espingarda de assalto] AR-15 é um exemplo, porque é compatível com grandes carregadores de estilo militar e pode causar danos significativos num curto espaço de tempo", declarou o Governo sueco num comunicado.
O Governo de coligação instruiu ainda a polícia e os serviços sociais para intensificarem a cooperação na denúncia de pessoas que não estão clinicamente aptas para possuírem uma arma de fogo.
As leis sobre as armas devem encontrar um equilíbrio "entre o interesse da sociedade em prevenir o crime" e "o interesse dos indivíduos e das organizações em poder possuí-las em casos justificados", defendeu o Governo.
Em Örebro, cidade no centro da Suécia, um tiroteio num centro de educação para adultos provocou 10 mortos, incluindo pessoas de origem estrangeira, e vários feridos na terça-feira.
Segundo a polícia sueca, foram encontradas três armas perto do homem que provocou o tiroteio, identificado pela imprensa local como Rickard Andersson, de 35 anos.
"São armas de cano longo, ou seja, espingardas", referiu a polícia sueca na quinta-feira, sem dizer quais eram os tipos de armas. Os investigadores revelaram que o agressor tinha licença para quatro armas de caça.
A polícia encontrou o atacante morto posteriormente, durante uma busca na zona onde ocorreu o tiroteio.
"O terrível ataque em Örebro traz de volta à mesa diversas questões centrais sobre a legislação sobre armas", afirmou o Governo no seu portal na internet.
As regras para avaliar a aptidão de uma pessoa para possuir este tipo de espingarda automática também serão reavaliadas.
"Vários dos critérios [de aptidão] atualmente tidos em conta" durante este exame "não são suficientemente explícitos na regulamentação sobre armas", declarou o Ministério da Justiça sueco.