"Hediondo e abominável": líderes reagem a ataque em sala de espetáculos de Moscovo
Os governos de Itália, França e Espanha condenaram o ataque armado a uma sala de concertos em Moscovo, que matou pelo menos 40 pessoas, classificando-o como um "hediondo e abominável" ato terrorista.
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A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, expressou a "firme e total condenação do seu governo ao hediondo ato de terrorismo" perpetrado em Moscovo, considerando que "o horror do massacre de civis inocentes é inaceitável". Numa breve declaração, manifestou a sua "total solidariedade para com as vítimas e as suas famílias".
França condenou o que classificou como "atos abomináveis" e apelou para que se esclareça tudo o possível sobre o ataque. "As imagens que nos chegam de Moscovo são terríveis", reagiu o Ministério dos Negócios Estrangeiros francês numa mensagem publicada na rede social X. "Os nossos pensamentos estão com as vítimas, os feridos e o povo russo", acrescentou.
Espanha declarou-se "chocada" com o ataque e "condenou todas as formas de violência". "Estamos chocados com as notícias que nos chegam da Rússia. A nossa solidariedade vai para as vítimas, as suas famílias e o povo russo. A Espanha condena todas as formas de violência", declarou o Ministério dos Negócios Estrangeiros também no X.
O ministro dos Negócios Estrangeiros português, João Gomes Cravinho, lamentou as "notícias horrendas", considerando que "ataques contra civis são sempre inaceitáveis". "As notícias de Moscovo são horrendas. Ataques contra civis são sempre inaceitáveis", escreveu o chefe da diplomacia portuguesa na rede social X, deixando condolências às famílias das vítimas.
Também o primeiro-ministro indigitado de Portugal, Luís Montenegro, condenou os "ataques terroristas" em Moscovo. "Condeno veementemente os atentados terroristas em Moscovo. A barbárie do terror é sempre intolerável", escreveu Luís Montenegro no X. O líder do PSD manifestou-se "consternado" e manifestou "solidariedade às vítimas e às suas famílias".
A União Europeia (EU) expressou a sua consternação pelo ataque terrorista de hoje numa sala de concertos em Moscovo que provocou pelo menos 40 mortos e uma centena de feridos e condenou "qualquer ataque contra civis". "A UE está chocada e consternada com as notícias de um ataque terrorista no Crocus City Hall, em Moscovo", disse o porta-voz do Serviço Europeu para a Ação Externa (SEAE), Peter Stano, na sua conta oficial na rede social X, o antigo Twitter.
O porta-voz salientou que a UE "condena qualquer ataque contra civis". "Os nossos pensamentos estão com todos os cidadãos russos afetados" pelo ataque, acrescentou Peter Stano.
O secretário-geral das Nações Unidas e o Conselho de Segurança condenaram hoje "com a maior veemência possível" o ataque "terrorista" que causou pelo menos 40 mortos numa sala de concertos nos arredores de Moscovo, noticiou a AFP. Em comunicado, um porta-voz da ONU referiu que o secretário-geral, António Guterres, "condena nos termos mais fortes o ataque terrorista" perto de Moscovo e "transmite as suas condolências às famílias enlutadas e ao povo e governo da Federação Russa".
Numa declaração do Conselho de Segurança da ONU, os seus membros também "condenaram com a maior veemência o hediondo e cobarde ataque terrorista contra uma sala de concertos em Krasnogorsk", nas imediações de Moscovo. O Conselho de Segurança, que apresentou igualmente as suas condolências às famílias das vítimas, sublinhou que "o terrorismo, sob todas as suas formas e manifestações, constitui uma das mais graves ameaças à paz e à segurança internacionais" e apelou à responsabilização dos seus autores. Neste contexto, apelaram a todos os Estados para que "cooperem" com a Rússia e as autoridades competentes.
O Governo brasileiro mostrou-se solidário para com o povo e Governo da Rússia, reiterando o "repúdio a todo e qualquer ato de terrorismo". "O Governo brasileiro tomou conhecimento, com consternação, do atentado ocorrido hoje, 22 de março, na sala de espetáculos Crocus City Hall, em Moscovo, na Rússia", começou por indicar o Ministério das Relações Exteriores do Brasil, em comunicado. Na mesma nota, o Governo brasileiro frisou ainda que "ao expressar condolências aos familiares das vítimas e o desejo de pronta recuperação aos feridos, o Brasil manifesta sua solidariedade ao povo e ao governo da Rússia e reitera seu firme repúdio a todo e qualquer ato de terrorismo".
A África do Sul, aliado da Rússia no bloco BRICS, condenou o "ato de terror" contra Moscovo, mostrando-se solidária para com o governo da Rússia e as famílias das vítimas do atentado. "O Governo sul-africano condena este e todos os outros atos de terror", salientou o porta-voz do ministério das Relações Internacionais e Cooperação da África do Sul, Clayson Monyela. "Gostaríamos de enviar uma mensagem de condolências ao Governo da Rússia, às famílias das vítimas, bem como aos feridos, desejando-lhes uma rápida recuperação", frisou.
Na mesma mensagem de áudio enviada à imprensa, o porta-voz sul-africano sublinhou que os funcionários da embaixada sul-africana em Moscovo, incluindo pessoal contratado localmente, encontram-se contabilizados na sua totalidade, incluindo os estudantes sul-africanos a residir em Moscovo.