O governo líbio indicou, esta quinta-feira, ter pedido à ONU e à União Africana para ser fixada data e hora para um cessar-fogo, com o envio de observadores, mas rejeitou a saída do poder de Muammar Kadafi.
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"Pedimos às Nações Unidas e à União Africana para fixarem uma data e hora precisas para um cessar-fogo, para enviarem observadores internacionais e para tomarem as disposições necessárias" ao fim dos combates, declarou o chefe do governo líbio, Baghdadi Al-Mahmoudi, em conferência de imprensa.
A Líbia anunciou várias vezes um cessar-fogo, sem nunca o respeitar, acusam alguns países ocidentais.
O primeiro-ministro disse que as anteriores tentativas de pôr fim aos combates não foram respeitadas por todas as partes.
A proposta de cessar-fogo "é séria" e o fim dos combates deve ser respeitado por todas as partes, "sobretudo pela NATO", afirmou.
"Nos últimos meses, tornou-se evidente para todos que a solução para a crise líbia não pode ser militar", disse Al-Mahmoudi, defendendo uma solução política e um "diálogo livre entre líbios, longe das bombas e mísseis" da NATO.
O primeiro-ministro líbio afastou, no entanto, a saída do poder de Kadafi. "Muammar Kadhafi está no coração de todos os líbios, se partir, os líbios partem com ele", afirmou, considerando que o coronel é o símbolo do país.
Segundo o primeiro-ministro, Kadafi está "bem de saúde" e não há restrições aos seus movimentos.