Ao 55.º dia de conflito, o Governo ucraniano confirmou o início de uma grande ofensiva russa no leste do país. Kreminna, cidade do Donbass com cerca de 18 mil pessoas, já caiu nas mãos do Kremlin. A Rússia voltou a pedir aos soldados ucranianos em Mariupol que se rendam, numa altura em que a resistência de Kiev naquela cidade portuária estará por um fio. Pelo menos seis milhões de civis, tanto na Ucrânia como nos países vizinhos, nos quais se refugiaram, precisam de ajuda humanitária.
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- O governador de Belgorod acusou esta terça-feira as forças ucranianas de atacarem aldeia russa de Golovchino, perto da fronteira com a Ucrânia. O responsável não especificou a natureza do ataque e diz que uma pessoa ficou ferida.
- O Ministério da Defesa da Ucrânia confirmou o início de uma grande ofensiva russa no Donbass. "Uma parte significativa das forças russas está concentrada na região", referiu, garantindo que os soldados não vão parar de lutar pelo seu país.
- Pelo terceiro dia consecutivo, Kiev e Moscovo não conseguiram chegar a acordo para a abertura de corredores humanitários, anunciou a vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Verechtchuk.
- O deputado ucraniano Oleksiy Goncharenko pediu ao Ocidente mais armas. "O mundo tem de perceber que estamos a combater a Rússia, o maior exército da Europa, com um orçamento militar muitas vezes maior que o ucraniano, por isso precisamos de mais armas", apelou.
- A antiga primeira-ministra ucraniana, Yulia Tymoshenko, líder da Revolução Laranja de 2004, defendeu que o presidente russo, Vladimir Putin, "está a cruzar muitas linhas vermelhas" na Ucrânia, o que coloca a Europa "em perigo".
- O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, vai deslocar-se a Kiev "nos próximos dias" para se encontrar com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, não tendo sido revelada a data exata por motivos de segurança.
- O ministro da Defesa russo, Serguei Shoigu, acusou esta terça-feira os Estados Unidos e os seus aliados de estarem a fazer tudo para arrastar a guerra na Ucrânia "até ao último ucraniano".
- Pelo menos seis milhões de ucranianos, tanto dentro da Ucrânia como refugiados em países vizinhos, precisam de alimentos e ajuda em dinheiro, alertou hoje a ONU.
- O líder checheno pró-Moscovo Ramzan Kadyrov, que está a combater com as suas forças na Ucrânia, disse que a cidade de Mariupol será "libertada" nas próximas horas, apesar da resistência ucraniana.
- A vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereshchuk, anunciou que 76 prisioneiros de guerra ucranianos regressaram a casa numa troca feita com a Rússia.
- O governador de Lugansk, Serhiy Gaidai, anunciou que as forças russas já controlam Kreminna, no Donbass. Trata-se de uma cidade com mais de 18 mil pessoas. Há, até ao momento, 200 vítimas mortais confirmadas, mas o número "será muito superior".
- Vladislav Avayev, vice-presidente da Gazprombank, de 51 anos, foi encontrado morto no seu apartamento no centro de Moscovo com uma pistola na mão. A mulher e a filha de 13 anos também estavam mortas. O multimilionário era próximo de Putin.
- Pelo menos 37 pessoas morreram no naufrágio do cruzador russo "Moscovo" no Mar Negro, na semana passada, segundo o portal independente russo Meduza.
- O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, anunciou que a União Europeia está já a desenvolver um Fundo de Solidariedade para "apoio imediato e reconstrução de uma Ucrânia democrática".