Dezenas de pessoas manifestaram-se no sábado a favor do polícia dos Estados Unidos da América que há duas semanas terá disparado contra o jovem negro Michael Brown, enquanto milhares marcharam em Nova Iorque contra a discriminação racial.
Corpo do artigo
Depois de, na sexta-feira, meia centena de pessoas terem saído para as ruas do subúrbio de Ferguson, na cidade de Saint Louis, estado do Missouri, para exigir justiça no caso da morte de Michael Brown, no passado dia 9, este sábado, perto de uma centena de manifestantes marchou em apoio do agente Darren Wilson, suspenso temporariamente de funções.
Segundo as agências internacionais, muitos dos manifestantes vestiam camisolas brancas com as insígnias da polícia inscritas e alguns empunhavam cartazes que diziam "Há justiça de todas as cores".
A campanha a favor de Wilson lançada na rede social Facebook já tem 59 mil seguidores e está a recolher fundos para apoiar o agente.
Os manifestantes apelaram a que Wilson não seja julgado pelas suas ações até que a investigação sobre a morte de Brown esteja concluída.
Enquanto isso, em Nova Iorque, milhares de pessoas manifestaram-se contra a discriminação racial, em memória de Michael Brown, mas também de Eric Garner, outro cidadão negro que morreu na sequência de tentar resistir a uma detenção policial, no mês passado.
"A vida dos negros conta", clamaram os manifestantes, colocando a tónica na discriminação racial.
Michael Brown, de 18 anos, terá sido baleado mortalmente pelo agente Darren Wilson, de 28 anos, no passado dia 9.
O jovem caminhava pela estrada, com um amigo, quando o agente lhes deu ordem para que fossem pelo passeio, o que gerou uma discussão.
Segundo a polícia, Brown terá atacado o agente, mas o amigo que o acompanhava garante que não, afirmando que, mal agente começou a disparar, Brown levantou as mãos em sinal de rendição.
Segundo o relatório preliminar da autópsia pedida pela família da vítima, jovem negro terá sido atingido pelo menos seis vezes.
O caso gerou protestos violentos, mas, duas semanas depois, a calma parece ter regressado a Ferguson.