A mulher do dissidente chinês Liu Xiaobo, galardoado com o prémio Nobel da Paz, manifestou-se "muito satisfeita" com a distinção e pediu com "insistência" a libertação do marido, condenado a 11 anos de pena de prisão.
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"Estou tão feliz, estou tão feliz e nem sei o que diga. Quero agradecer a todos o apoio dado a Liu Xiaobo", afirmou Liu Xia, em declarações telefónicas, à agência francesa de notícias AFP.
Liu Xia estendeu os agradecimentos ao Comité Nobel, a Vaclav Havel (escritor, último presidente da Checoslováquia e primeiro da República Checa) e ao Dalai Lama.
"Peço ao governo chinês para libertar Liu Xiaobo", acrescentou.
Liu Xia, sujeita a vigilância policial nas últimas semanas, informou que lhe disseram que iria deslocar-se à província de Liaoning, nordeste do país, onde está preso o seu marido para o informar do galardão.
O prémio Nobel da Paz 2010 foi atribuído a Liu Xiaobo pelos seus "esforços permanentes e pacíficos de apoio aos direitos humanos na China", justificou o Comité Norueguês do Nobel.