O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, afirmou que a Aliança está a preparar novas medidas de apoio à Turquia, mas sublinhou que esse compromisso é anterior ao abate de um avião russo na fronteira com a Síria.
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Jens Stoltenberg, que falava à imprensa à entrada para uma reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros da NATO, sublinhou a necessidade de "acelerar esforços" face ao "extremismo violento" de organizações extremistas como o Estado Islâmico, que implicam "um novo repto qualitativo".
"Vamos trabalhar em medidas adicionais para garantir a segurança da Turquia", disse, citado pela agência France Presse. "Quero sublinhar que isso não está relacionado com o incidente da semana passada. Está a ser feito há vários anos como parte do nosso compromisso para com um aliado", acrescentou.
Uma semana depois do abate do avião russo pela Força Aérea da Turquia, a Rússia anunciou o envio do sistema de defesa aérea S-400 para a sua base em Latakia, na Síria.
Em 2012, quando o conflito na Síria se agravou seriamente, a NATO enviou baterias antimísseis Patriot para a zona de fronteira no sul da Turquia.
Essas baterias foram gradualmente retiradas, mantendo-se apenas uma em território turco, cuja retirada estava prevista para o fim deste ano.
Stoltenberg reiterou por outro lado o apelo para o acalmar da tensão entre a Turquia e a Rússia. "Agora devemos focar-nos em acalmar tensões (e encontrar) mecanismos para que possamos evitar o tipo de incidente que vimos na semana passada", disse.
Citado por outra agência, a EFE, na mesma ocasião, o secretário-geral defendeu a necessidade de "acelerar esforços face aos desafios do sul", frisando que "os recentes ataques terroristas" mostram que a Aliança enfrenta "um novo repto qualitativo".
Stoltenberg assegurou que "os ataques terroristas, a instabilidade violenta, a violação das normas internacionais", são "desafios graves provenientes de muitas direções".
"O ambiente de segurança em que hoje nos reunimos é negro", disse.