O porta-voz do regime líbio afirmou este domingo que o coronel Muammar Kadafi não vai deixar o poder nem sair do país, numa reação a declarações dos rebeldes de que esperam uma "proposta" do líder líbio.
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"Kadhafi está aqui. E vai ficar. Ele dirige o país e não o vai deixar. E não se vai demitir porque não tem nenhum cargo oficial", declarou Moussa Ibrahim à agência France Presse a propósito de uma declaração dos rebeldes.
"É o nosso país. Não o vamos entregar a bandos de criminosos que fizeram as nossas cidades reféns. Não o vamos entregar à organização criminosa que é a NATO. Cada um de nós continuará a combater. Estamos preparados para combater rua a rua, casa a casa", acrescentou.
Abdel Hafiz Ghoga, vice-presidente do Conselho Nacional de Transição (CNT), o órgão político dos rebeldes líbios, afirmou no sábado que os rebeldes esperavam "receber uma proposta muito em breve" de Kadhafi.
Ghoga precisou que o CNT não está em contacto directo com Kadhafi, mas que soube, através de contactos com França e a África do Sul, que a proposta estava a ser elaborada.
Por outro lado, na quinta-feira, o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros líbio e representante do país junto da ONU que entretanto se juntou ao CNT, Abdel Rahman Shalgam, disse ter informações de que Muammar Kadhafi se preparava para sair do país.
"Creio que no prazo de algumas semanas deixará a Líbia, duas ou três semanas no máximo", disse Shalgam numa entrevista ao diário italiano Corriere della Sera.