O primeiro-ministro esloveno, Borut Pahor, quer a confiança do parlamento, na sequência da rejeição maciça pelos eleitores do projecto de reforma das aposentações, exigida pela União Europeia e pelo Fundo Monetário Internacional
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"Vou provavelmente pedir ao parlamento que aprove uma moção de confiança, relacionada com um novo projecto de lei destinado a consolidar as finanças públicas", declarou.
Pahor recusou demitir-se apesar da exigência do dirigente da oposição conservadora e antigo chefe do governo Janez Jansa, argumentando que a Constituição eslovena, em caso de demissão do primeiro-ministro, não prevê a realização de eleições legislativas antecipadas.
Em perto de 90 por cento dos votos contados, o «não» ao aumento da idade legal de aposentação - de 63 para 65 anos - ganhou claramente com 72 por cento contra apenas 28 por cento para o «sim», de acordo com os resultados publicados pela Comissão Eleitoral Central.
O governo tinha advertido que, em caso de vitória do "não", a Eslovénia poderia juntar-se ao grupo dos países mais endividados da UE: Portugal, Grécia e Irlanda.
A reforma, exigida pela UE e FMI, foi adoptada em Dezembro no parlamento. Mas suscitou a oposição conjugada dos sindicatos e do principal partido da oposição, SDS (centro-direita), conseguindo a realização de um referendo.
A Eslovénia é o único membro da antiga República da Jugoslávia na UE (desde 2004) e na zona euro (desde 2007).