A explosão num café em Marraquexe, que hoje causou pelo menos 14 mortos, 11 dos quais estrangeiros, "deverá ter acontecido no terraço" daquele estabelecimento, contou à Lusa Pedro Costa Ferreira, turista português que presenciou o incidente.
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"Estava muito próximo, a cerca de cem metros do local onde aconteceu, e portanto presenciei os primeiros momentos após a explosão, onde era possível perceber alguns mortos no terraço do restaurante e alguns feridos que estavam a ser evacuados", explicou Pedro Costa Ferreira.
Contactado telefonicamente, o cidadão português, que regressa esta quinta-feira a Lisboa depois de três dias de férias em Marraquexe, disse acreditar que a maioria das vítimas mortais "são estrangeiros".
As autoridades marroquinas suspeitam que a explosão tenha sido um ataque suicida. O suposto atentado terá causado ainda 20 feridos, segundo um porta-voz governamental, enquanto fontes policiais citadas pela agência espanhola EFE indicaram que o ataque fez 18 mortos, nove dos quais estrangeiros.
"Na altura da explosão, toda a gente comentou que poderia ser uma botija de gás (...) Em todo o caso, as notícias foram evoluindo no sentido de que como não houve nenhum incêndio associado à explosão não poderia ter sido uma botija de gás, mas sim eventualmente uma bomba", disse o turista português.
As autoridades marroquinas não revelaram até ao momento as nacionalidades dos estrangeiros mortos.
A explosão ocorreu entre as 11.30 horas e as 12.00 horas locais no café Argana, muito frequentado por turistas, e que ficou completamente destruído.
Em Marrocos existe uma comunidade portuguesa estimada em 550 pessoas segundo dados de 2008 da Direcção-geral dos Assuntos Consulares e Comunidades Portuguesas, mas Marraquexe é um destino escolhido por muitos turistas portugueses.