Ministério da Educação garante já ter pago as bolsas em atraso mas afinal dinheiro só estará disponível na conta dos estudantes daqui a três dias úteis.
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O desespero continua, garante o presidente da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM). O ministério da Educação e Ciência (MEC) garantiu esta quinta-feira ter dado ordem de pagamento às bolsas aprovadas após 12 de fevereiro, e que se encontravam em atraso, mas esta sexta-feira os estudantes estão a receber SMS a informá-los de que o dinheiro "apenas ficará disponível nos próximos três dias úteis".
"O dinheiro já foi transferido", garante ao JN o gabinete de Imprensa de Nuno Crato, agora depende "dos bancos o tempo que demora até o dinheiro ficar disponível".
"Mais uma vez, o pagamento das bolsas de estudo atrasa e os pagamentos efetuados não englobam a prestação referente ao mês de abril, quando já vamos no dia 10 de abril", insiste o presidente da AAUM, Carlos Alberto Videira.
Num comunicado enviado às redações, esta sexta-feira, a AAUM insiste que as bolsas deviam ter um dia fixo de pagamento à semelhança de outros apoios sociais. Promessa aliás feita e ainda por cumprir, reclama a Associação, pelo primeiro-ministro, Passos Coelho, no dia do Estudante (24 março), em Braga.
A AAUM denunciou esta quinta-feira os atrasos no pagamento de bolsas aprovadas a partir de 12 de fevereiro assim como na reanálise de processos. Carlos Alberto Videira garante que na plataforma da Direção-Geral do Ensino Superior (DGES) - que gere a atribuição das bolsas e que já esteve suspensa durante semanas este ano letivo - continuam a existir "milhares de documentos inválidos". Minutos depois da denúncia, o MEC revelou terem sido pagos (também esta quinta-feira) "as bolsas respeitantes ao mês de março e ainda todos os retroativos devidos". Os estudantes alegam que só a denúncia garantiu celeridade na resposta da tutela.