Prazo legal do anúncio dos resultados provisórios do concurso para atribuição de bolsas de investigação para doutoramento terminou a 3 de setembro. FCT rejeitou há um mês existir qualquer adiamento programado na atribuição das bolsas, após ser acusada de atrasar indefinidamente a sua divulgação.
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Depois de ser acusada de adiar "indefinidamente" a atribuição das bolsas de doutoramento de 2020, e de garantir que tudo estava a decorrer dentro da "normalidade", a Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) falhou o prazo legal para o anúncio dos resultados provisórios do concurso, que terminou a 3 de setembro.
As razões para o incumprimento não foram comunicadas oficialmente aos 3797 candidatos a concurso, que concorrem às 1350 bolsas daquela entidade, nem constam nos canais oficiais da instituição. O gabinete de imprensa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, que tutela a agência, aguardava ainda, esta tarde, respostas aos esclarecimentos pedidos pelo JN. Já a FCT manteve-se sempre incontactável.
A mediatização do concurso aconteceu após as declarações por parte de um dos candidatos que no início do mês de agosto, e a propósito de uma campanha de crowdfunding para financiar os seus estudos, acusou a FCT de adiar "indefinidamente" o concurso.
Na sequência desse episódio, a agência sob a tutela do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior emitiu uma nota de esclarecimento sobre o assunto, onde negava qualquer atraso e garantia que tudo estava a decorrer dentro dos "prazos legais".