O presidente da República lembrou, esta sexta-feira, que sempre defendeu a necessidade de os gestores da Caixa Geral de Depósitos entregarem as suas declarações de rendimentos e património no Tribunal Constitucional.
Corpo do artigo
5673547
Um dia depois de ter dado por encerrada a polémica em torno da Caixa Geral de Depósitos (CGD), o chefe de Estado acabou por voltar ao assunto quando confrontado pelos jornalistas, em Braga, com o acórdão publicado pelo Tribunal Constitucional (TC), que notifica os ex-administradores do banco público que ainda não entregaram as declarações de rendimentos e património de que terão mesmo de fazê-lo.
"Às vezes, vale a pena ser teimoso, ter a mesma ideia do começo até ao fim ou, dito por outras palavras, ser professor de Direito Constitucional", acentuou o chefe de Estado à margem do 43.º aniversário da Universidade do Minho.
O TC decidiu por unanimidade que os ex-administradores da CGD que ainda não entregaram as declarações de rendimentos e património vão mesmo ter de o fazer.
5673826
Apesar de o presidente e o primeiro-ministro terem dado por encerrada na quinta-feira a controvérsia em torno da negociação entre o ministro das Finanças, Mário Centeno, e o anterior presidente da CGD, António Domingues, o assunto continua na ordem do dia.
O PSD e o CDS-PP avançaram com um pedido obrigatório de constituição de uma comissão parlamentar de inquérito para analisar as trocas de comunicações entre Centeno e António Domingues com vista à entrada deste gestor para a presidência da CGD, um dia depois de a esquerda parlamentar ter recusado fazer essa apreciação na comissão de inquérito à gestão da Caixa que está já constituída.