Presidente da Liga contra o Cancro: "Estamos muito longe de ter um acesso aceitável em oncologia"
O presidente da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) critica o novo modelo de lista de espera para cirurgia e afirma que o utente não pode ter a responsabilidade de escolher a unidade em que vai fazer a operação, após ultrapassado o prazo recomendado. Esta quarta-feira realiza-se o 7.º Encontro Nacional de Jovens Investigadores em Oncologia, no Porto, onde 90 trabalhos de investigação estão a concurso.
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Para Vítor Veloso, presidente da LPCC, o acesso a soluções inovadoras na área da oncologia terá de ser "maior e melhor" em Portugal. Dias após ter entrado em funcionamento o projeto-piloto do Sistema Nacional de Acesso a Consultas e Cirurgias (SINACC), o responsável da Liga diz que o "novo modelo ainda não está muito bem explicado e já teve alguns retoques".
Uma das alterações do SINACC, o substituto do atual Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia (SIGIC), poderá exigir ao doente decidir em 48 horas, através de SMS ou por telefone, se aceita ser operado no local onde haja disponibilidade, no Serviço Nacional de Saúde (SNS) ou numa unidade privada, após ultrapassado o tempo recomendado para cirurgia.