O primeiro-ministro, António Costa, disse desconhecer "em absoluto" um relatório das secretas sobre o furto de armas em Tancos, não querendo comentar no detalhe o assunto "no meio de uma campanha eleitoral".
Corpo do artigo
"Obviamente que não vou tratar assuntos desta relevância no meio de uma campanha eleitoral. A única coisa que queria dizer é que desconheço em absoluto esse relatório", vincou Costa, falando em Lagos numa ação de campanha para as autárquicas de outubro.
8792638
A edição desta sábado do semanário "Expresso" noticia que um relatório dos serviços de informações militares sobre o furto de armas em Tancos "arrasa ministro e militares".
De acordo com o jornal, a gestão do titular da pasta da Defesa, Azeredo Lopes, foi de "ligeireza, quase imprudente", sendo-lhe apontadas "declarações arriscadas e de intenções duvidosas" e uma "atitude de arrogância cínica" na condução de todo o processo. O General Rovisco Duarte, Chefe do Estado-Maior do Exército, apesar de ter assumido a responsabilidade, "não terá tirado consequências".
Segundo o semanário, o "tráfico de armas para África, em concreto Guiné-Bissau ou Cabo Verde, ou um assalto promovido por mercenários portugueses contratados, ou ainda por grupos jiadistas" são os três cenários apontados no relatório, enviado à Unidade Nacional de Contraterroristas da Polícia Judiciária e aos Serviços de Informação e Segurança (SIS).