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Nas celebrações do 25 de Abril, que ocorreram na terça-feira, na Assembleia da República, os deputados do Chega cumpriram uma promessa que já tinha sido firmada dias antes da receção a Lula da Silva na casa da democracia portuguesa: manifestarem-se contra a presença do presidente brasileiro, que alegam ser um "ladrão".
Erguendo cartazes - nos quais se podiam ler frases como "Chega de corrupção" -, os parlamentares de extrema-direita tentaram perturbar o convidado, mas quem acabou por ficar incomodado foi Augusto Santos Silva.
"Chega de insultos, chega de degradarem as instituições, chega de envergonhar o nome de Portugal", gritou o presidente da Assembleia da República, visivelmente irritado com o comportamento. Um dia depois surge a retaliação, que, aos olhos de André Ventura, se revela "vingativa, infantil e ditatorial".
Santos Silva anunciou a exclusão do Chega das delegações das visitas a parlamentos estrangeiros, justificando que os representantes do partido demonstraram que não garantem "a 100% que respeitam essas altas entidades e, em geral, as obrigações de respeito e cortesia que há muito caracterizam e distinguem a ação externa de Portugal".
Como diria o Papa Francisco: "A vingança nunca é justa", mas os comuns dos mortais insistem em usá-la - seja para fazer justiça pelas próprias mãos ou para cometer atos infundados. Foi o que aconteceu em Odivelas, em setembro de 2022, quando um homem matou a companheira na via pública por esta não querer partilhar uma garrafa de vinho. O crime chega agora à barra do tribunal.
O cenário de tragédia estende-se ao plano internacional. Uma menina de cinco anos foi encontrada morta num saco de lixo em França. O suspeito, um rapaz de 16 anos, já foi detido. Conheça os contornos deste caso macabro aqui.
No campo diplomático, parecem começar a surgir sinais de fumo branco. Após 14 meses de guerra na Ucrânia, Xi Jinping, presidente da China, conversou pela primeira vez com o homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky. O líder do gigante asiático, que se diz pronto para assumir um papel de mediação nas negociações de paz, interagiu com o chefe de Estado da Ucrânia ao telefone - um mês após ter reunido Vladimir Putin em Moscovo - e fez-lhe algumas promessas. A comunidade internacional fica atenta para confirmar se estas se irão concretizar.
Quem também deve ficar vigilante são os portugueses. Fernando Medina, ministro das Finanças, anunciou que o Governo está a planear baixar os impostos, mas para que tal aconteça há uma condição que deve estar assegurada. Saiba mais detalhes acerca do debate sobre o Programa de Estabilidade, no qual o jornalista João Vasconcelos e Sousa marcou presença.
Boas leituras!