A polícia dos EUA volta a ter as mãos manchadas de sangue. A vítima, desta vez, foi Tyre Nichols, de 29 anos. O afro-americano foi assassinado por cinco agentes, também eles negros, no início de janeiro, mas só esta semana começaram a surgir novos detalhes sobre o episódio de brutal violência. Será este o gatilho para a implementação de mudanças estruturais nas forças policiais do país?
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Tyre Nichols, afro-americano, jovem e pai de um menino de quatro anos morreu três dias após ser espancado de forma bárbara por cinco polícias de Memphis, no Tennessee. Faz-lhe lembrar alguma coisa? Em maio de 2020, o também afro-americano George Floyd, de 46 anos, foi assassinado por Derek Chauvin, agente de Minneapolis, no Minnesota, o que espoletou uma avalanche de manifestações sob o mote "Black Lives Matter".
As comparações entre os dois casos foram imediatas, mas, para já, há uma assinalável diferença: as autoridades norte-americanas não apontam motivações raciais para o último crime. O episódio, no entanto, reacendeu o debate sobre a violência policial no país, podendo impulsionar uma explosão de protestos por parte da população de Memphis, que nos últimos dias já tem estado na rua a realizar vigílias em homenagem a Nichols.
O catalisador pode ser a divulgação do vídeo que mostra o momento em que a vítima foi espancada, ficando com o rosto desfigurado. As imagens estão a ser descritas como "chocantes" e há quem defenda que não deveriam ser partilhadas.
À hora de envio desta newsletter, apenas as autoridades que estão a colaborar na investigação e a família do homem tinham sido autorizadas a visualizar as imagens, mas com a difusão do vídeo (a partir das 00H00 em Portugal continental) há a possibilidade da revolta da população fazer emergir novas exigências. Joe Biden já pediu calma, lembrando que "a violência nunca é aceitável".
O presidente dos EUA deixou ainda uma mensagem: "Não podemos ignorar o facto das intervenções policiais mortais atingirem mais os negros", frisou o democrata, apelando a uma ação do Congresso, que desde o assassinato de George Floyd ainda não foi capaz de aprovar uma reforma policial ambiciosa.
A par da preocupação com a escalada de violência nos EUA, o Mundo mantém-se atento ao conflito na Ucrânia. A União Europeia renovou por mais seis meses as sanções económicas à Rússia, cumprindo as promessas que tem feito a Kiev. Mas, além da ofensiva no terreno, há outra "guerra" que está a alertar os ucranianos. O jornalista Augusto Correia explica do que se trata.
Por cá, continua a polémica do altar-palco. A infraestrutura que será construída para a Jornada Mundial da Juventude - a realizar entre 1 e 6 de agosto de 2023, em Lisboa - deverá rondar os 5,4 milhões de euros, e as perguntas são muitas.
O JN explica-lhe cada detalhe da novela que está a alavancar uma onda de críticas ao Governo, à Câmara de Lisboa e ao Patriarcado da capital.
No mundo das quatro linhas, Cristiano Ronaldo volta a ser o protagonista do dia, mas não pelas melhores razões. O Al-Nassr sofreu a primeira derrota desde que a estrela integrou a equipa saudita e o treinador, Rudi Garcia, não se inibiu de justificar o resultado com um falhanço de CR7.
Norberto A. Lopes, editor de Desporto do JN, comenta que o internacional português está a ter dificuldades em fazer a diferença na Arábia Saudita.
Boas leituras!